sexta-feira, 5 de maio de 2023

Disco Caimbé

Bom dia, cunhãs e curumins da minha aldeia!

Com esta foto do Wank Carmo na capa, eu e o Zeca Preto lançamos em 1988 o LP CAIMBÉ, primeira parceria, de muitas que viriam pela frente.
Com certeza foi o disco que deu mais trabalho, nos obrigando a fazê-lo em dois tempos: a gravação e fabricação dos Long Plays no Rio de Janeiro, com uma parada em Belém pra captação de mais recursos; e a capa feita aqui mesmo em BV, com o apoio dos amigos da Imprensa Oficial do Estado, e dos nossos filhos, que montaram, colaram e encaparam todas as mil cópias.
Era um tempo difícil, de um fenômeno econômico chamado "inflação". As máquinas de remarcação de preços trabalhavam diuturnamente, nos forçando a refazer os cálculos a todo momento. Saímos daqui com planos de gravar doze músicas e voltamos com apenas seis, sendo três do Zeca (lado A) e três minhas (lado B). Imaginem!
Mas fizemos! E foi muito bem arranjado e executado pelo maestro e pianista Jota Morais, o baterista Pascoal Meirelles, o baixista Jamil Joanes e o percussionista Mingo Araújo, grandes feras da MPB.
E exatamente por isso nós o batizamos de CAIMBÉ, uma planta resistente às intempéries, típica da nossa região, acompanhado de um haikai do poeta 
Eliakin, que é o supra sumo de toda a epopeia:

"No campo, ainda de pé,
resiste retorcido
o caimbé"


Nenhum comentário:

Postar um comentário